Os nossos novos colegas de Moçambique, calouros do curso de Enfermagem que cruzaram o Atlântico trazendo na bagagem muitos sonhos e expectativas para os próximos quatro anos na Una, já chegaram a BH. Eles vieram por meio de um convênio com a Universidade Politécnica de Moçambique, com incentivo do Ministério da Saúde de Moçambique.
No dia 27 de janeiro, os 15 intercambistas foram recebidos pela diretoria do Instituto de Ciências Biológicas e Saúde, coordenação do curso de Enfermagem, Departamento de Relações Internacionais e Núcleo Acadêmico. “Sentimos orgulho de estarmos numa grande universidade com a Una. Fiquei surpreso com sua história, sua tradição, seu trabalho na formação de profissionais de diversas áreas e por cumprir seu papel internacional”, disse Nelson Jorge, 31.
Deixaram família e filhos em busca do sonho de se tornarem especialistas e contribuirem para mudar a realidade do país em que vivem. “O enfermeiro por lá é pouco valorizado, o acesso a um curso da área é difícil. Nos hospitais, uma de nossas grandes dificuldades é não conseguir atender toda a população, pois muitos não tem acesso aos serviços básicos de saúde. Queremos influenciar mudanças em nosso país e fortalecer o papel do enfermeiro por lá”, afirma Nelson Jorge, que espera aprender técnicas complexas da área e saber trabalhar com equipamentos avançados.
Mesmo já familiarizados com as nossas telenovelas, um dos nosso principais artigos de exportação que retram um pouco de nossa cultura e nossos hábitos de vida, eles se supreenderam com a nossa maneira de vestir, transporte público, e não se renderam ao pão de queijo, nosso quitute mais tradicional. “Uma cidade muito organizada, limpa, bem diferente do nosso país”, disse Enia Fernandes, 25.
Assim como na Una, os moçambicanos procuram cada vez mais o Brasil para se profissionalizarem e provam que a proximidade Brasil-África está na nossa história, na música, na dança e também já faz parte da vida acadêmica em instituições de ensino de todo Brasil.
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